Se você está prestes a começar a reforma ou decoração do seu lar, essa leitura vai ser uma bússola. Antes de mais nada, quero reforçar o que compartilhei no meu primeiro post aqui no blog: a primeira e mais valiosa dica é sempre esta:
Quando estiver com seu arquiteto ou decorador, fale tudo o que deseja — sem medo de parecer exagerado ou detalhista demais.
Descreva como é o seu dia a dia, seus hábitos, sua rotina em casa, o que funciona bem e o que gostaria de mudar. É essa conversa sincera que permite criar um projeto personalizado, que vai muito além da estética. Sua casa precisa refletir quem você é.
A alma da casa está nos detalhes
Sua casa deve ter sua alma, seu cheiro, suas cores favoritas, espaço para seus hobbies e um estilo que se encaixe na sua personalidade. Eu costumo dizer que não sigo “rótulos” ou “estilos de decoração da moda” — prefiro escutar o que o cliente sente e deseja. O importante é criar ambientes acolhedores, práticos e que façam sentido para quem vai viver ali.
E agora, vamos às dicas práticas para acertar na escolha dos materiais e cores na sua reforma ou decoração:
1. Piso: o primeiro passo da transformação
Sou fã de pisos claros, especialmente em tons de bege ou cinza. Eles são neutros e permitem ousar na decoração, com mais liberdade para mudar móveis e objetos no futuro. Aqui em Recife, onde o clima é quente, o piso frio é o mais comum. Meus favoritos são os porcelanatos nos formatos 80×80 ou 60×120, que garantem sofisticação e boa proporção visual.
Dica de ouro:
Prefira porcelanato técnico (não esmaltado) e retificado, que permite um rejunte mais fino e elegante. Para áreas secas, o polido é excelente. Para áreas molhadas, como cozinha e banheiro, prefira o acabamento natural, que oferece mais segurança.
Piso único em todo o imóvel? Sim! Isso valoriza a sensação de amplitude e deixa o visual mais harmônico.
2. Rodapé: funcional e com bom acabamento
O rodapé é essencial para proteger as paredes e dar um acabamento elegante entre o piso e a parede. Gosto de mandar cortar o porcelanato em empresas especializadas — o resultado é impecável. Quando existe rodapé pronto de fábrica, melhor ainda.
Altura ideal? Uso bastante 9 cm, pois aproveita melhor as placas de 80×80. Mas não existe regra: pode ser mais alto ou mais baixo, de acordo com o estilo da casa.
3. Rejunte: o detalhe que faz toda a diferença
Existem três tipos principais: rejunte comum (cimentício), acrílico e epóxi. Para juntas finas, o epóxi é o mais indicado, mas é fundamental que a aplicação seja feita por um profissional experiente — ele deve ser limpo imediatamente para não manchar o piso.
A cor do rejunte deve ser o mais próxima possível da cor do revestimento para garantir uniformidade.
4. Paredes: base neutra para destacar sua decoração
Assim como no piso, prefiro manter a maior parte das paredes em tons neutros. O tom que mais utilizo é o branco gelo, pois serve como tela em branco para receber quadros, nichos, papéis de parede e outros elementos que mudam ao longo do tempo.
Em projetos personalizados, papel de parede é uma ótima forma de destacar o estilo de cada morador. Costumo escolher uma parede de destaque por ambiente, sempre em harmonia com o layout e a funcionalidade.
5. Teto: o complemento invisível que faz toda diferença
O forro de gesso com projeto de iluminação é parte essencial do projeto. Ele precisa ser bem preparado com selador antes da pintura, e o ideal é deixar secar bem antes de aplicar massa corrida e tinta.
A cor que indico? Branco Neve fosco, sempre. Gosto de criar contraste suave entre o branco do teto e o tom das paredes — isso valoriza o encontro entre os planos, especialmente com rodapés ou molduras.
6. Quando pintar? Em dois momentos!
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Antes dos móveis planejados: após a instalação dos pisos, revestimentos e bancadas. Aqui fazemos selador, massa, lixa e duas demãos de tinta.
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Depois dos móveis: quando luminárias e acabamentos elétricos estiverem instalados, vem a finalização da pintura.
Ah! E papel de parede sempre entra no final, quando tudo estiver pronto.
Não se esqueça de proteger o piso com salva-piso, lona ou plástico bolha antes da pintura. Isso evita retrabalho e mantém tudo impecável.
Conclusão: Sua casa, seu refúgio
A reforma da casa é um processo íntimo, cheio de decisões — mas também de possibilidades incríveis. Com planejamento, diálogo aberto com o arquiteto e atenção aos materiais certos, o resultado será um espaço aconchegante, funcional e com a sua identidade.
Ficou com alguma dúvida? Deixe aqui nos comentários, ou entre em contato. Será um prazer ajudar você a transformar seu lar!